Era o Natal de 2007, estava em casa com minha vó, meu primo e meu tio. Uma noite, com ar natalino, céu estrelado, frio batendo, pessoas com suas roupas novas, crianças correndo pelas ruas, músicas de natal ecoando… e parecia que tudo estava combinando.
Eu em meu quarto, longe de minha mãe e meus irmãos, comecei a escrever um texto sobre “Saudade de Natal”. “Saudade de Natal”, não é qualquer saudade, apesar de alguns não concordarem, a intensidade da saudade aumenta no natal, é evidente que nos parece aumentar à medida que a data se próxima.
“Por que isso acontece?” – me perguntei.
Por que parecemos mais sensíveis no natal? Por que queremos estar próximos de pessoas tão queridas? Por que? Temos o ano todo para a saudade se intensificar, mas justamente no natal nos parece explodir no coração. Pus minha cabeça no travesseiro, não queria chorar – como se pudéssemos controlar as lágrimas de um coração apertado – e chorei. Lágrimas estas que se misturavam com sorrisos, não sabem bem o porquê disso, mas de uma coisa eu sei: era Saudade de Natal. Apesar de minha vó, meu tio e primo estarem ali, não foi com eles que eu desenvolvi a maior parte da minha vida. Foi ao lado da minha mãe, pai e meus irmãos. Pensei em como eles estavam, pensei como minha irmã sorria, pensei como eu e meu irmão brincávamos no Natal… ah a saudade de Natal toca nosso coração, faz-nos respirar profundo, olhar para o nada e ficar quieto, desfrutando das memórias.
Escrevi o texto e guardei para mim mesmo, nunca comentei com alguém sobre isso, nunca expus estas ideias, mas é justamente com esta oportunidade que estou falando sobre a “Saudade de Natal”.
Os sentimentos evidenciam-se nesta data, e a Saudade de Natal só nos motiva a valorizarmos àqueles que estão presentes em nossas vidas e que são tão amados por nós. Hoje com meu filho e minha esposa, percebo o quanto é importante valorizarmos esta data tão especial.
Passou-se algum tempo e pude encontrar minha mãe, pai e irmãos.
Esta pequena história vai para todos aqueles aos quais a saudade se intensifica no Natal.
Texto enviado por: Samuel Alves Dos Santos – Manaus (AM)
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